VÓ BENEDITA É HOMENAGEADA EM ENCONTRO COM POVOS DE MATRIZ AFRICANA PROMOVIDO PELA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS
Representantes de 25 terreiros da cidade participaram do encontro, onde expuseram suas angústias e anseios
Por uma sociedade melhor, seguimos lutando”,
afirma a secretária de Direitos Humanos,
Rosa Maria Jerônymo Lima.
“A liberdade de expressão e de culto são asseguradas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal do Brasil, no entanto esse povo sofre preconceito e violência cotidianamente. Precisamos mudar isso, respeitar todas as pessoas, independente de suas crenças.
A reunião também foi marcada por cantigas e muita emoção com as homenagens a Vó Benedita, fundadora do Reino de Oxalá, o primeiro terreiro de umbanda de Foz do Iguaçu
A Secretaria Extraordinária de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade promoveu na tarde de ontem (8) um encontro com povos de religiões de matriz africana na Fundação Cultural de Foz do Iguaçu. Cerca de 40 pessoas, entre líderes de terreiros, acadêmicos, professores e representantes de movimentos sociais participaram da reunião, cujo objetivo foi ouvir as demandas dessa população para traçar a construção de políticas públicas de proteção e promoção às tradições religiosas. Durante o encontro, dirigentes de terreiros fizeram uso da palavra para pedir mais união entre os povos e respeito à liberdade de culto. “Nem mesmo as garantias da Constituição são suficientes para evitar tragédias em terreiros, como ainda vemos no Brasil. Nunca tivemos dias de paz e tranquilidade. Devemos continuar na luta, exigindo respeito a nossa religião e a liberdade de culto”, disse a dirigente do Reino de Oxalá, Nicole Souza.
Pai Douglas, da Casa de Luz de Vovó Maria Conga, disse que é importante a união de todos os povos de terreiros para lutar contra a discriminação e pela consolidação das tradições, ritos, simbologias e expressões artísticas. “Precisamos que este trabalho comece dentro das nossas casas”, enfatizou.
De acordo com a secretaria de Direitos Humanos, a proposta do encontro foi ouvir as demandas para se pensar em políticas públicas de proteção a esses povos. “A sociedade, por falta de informações, muitas vezes discrimina essa população. Nós, como Poder Público, precisamos fazer valer o direito de livre expressão religiosa e pensar em políticas públicas inclusivas”, finalizou Rosa.
POR, AMN
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