Os dez mandamentos da alimentação infantil
10 mandamentos para uma alimentação infantil saudável: veja dicas da nutricionista Gabriela Kapim.
Foto: Getty Images
Ter filhos que comem de tudo, principalmente frutas, legumes e verduras, parece ser o sonho de nove em cada dez mães. Mas dicas preciosas podem mudar o rumo da alimentação na sua casa, a começar pela postura dos responsáveis. Se nem todo mundo domina o segredo de fazer os filhos comerem alimentos saudáveis, a nutricionista Gabriela Kapim, apresentadora de "Socorro! Meu filho come mal", que vai ao ar nesta terça-feira (02), às 21h30, lista os dez mandamentos para um boa rotina alimentar. Confira abaixo as explicações da nutricionista e imprima a lista para criar novos hábitos na sua casa. Vale até colocar na porta da geladeira!
1. Alimentação é, acima de tudo, um gesto de afeto e carinho
"Alimentar é uma forma de cuidar dos filhos. A amamentação tem essa simbologia, do cuidado, do afeto, do amor. E muitas mães esquecem disso depois que a criança passa para a fase do garfo e da colher", explica. Ou seja, o importante é a mãe entender que se oferece alimentos saudáveis, está fazendo um bem ao filho. E não o contrário.
2. Alimentação consciente é uma questão de educação! Comer bem e de forma saudável se aprende em casa e desde cedo
Como tudo o que a criança aprende na vida, a alimentação vai de acordo com o que os pais ensinam. "Na alimentação acontecem os primeiros 'nãos' que os pais dão aos filhos. Pode a criança não escovar os dentes? Não. Então também não pode a criança não comer uma fruta", resume Gabriela.
3. Comida não é moeda de troca! Não pode haver negociação entre comida e brinquedo, passeio, festa...
O que muitos pais fazem é uma negociação com os filhos sobre a alimentação. "A criança começa a não comer bem para chamar a atenção dos pais, e eles acabam negociando com bens materiais. E não é essa a moeda que as crianças estão pedindo", explica Kapim. De acordo com a nutricionista do "Socorro! Meu filho come mal", a negociação com os filhos vai resolver uma situação pontual. "O que não pode é chegar ao ponto de tudo ter que negociar. Quando se educa e dá carinho, não é preciso negociação", finaliza.
4. O prato precisa ter 5 cores diferentes
A variação de cores significa uma variação de nutrientes. Ou seja, uma comida colorida mostra que é um refeição com todos os nutrientes necessários. "Se os pais colocam só verde, a criança vai deixar de receber os nutrientes e minerais do que tem no amarelo, por exemplo", diz Gabriela. Segundo ela, são quatro categorias de alimentos que é necessário ter no prato. Leguminosos (feijão, grão-de-bico, lentilha); cereal (arroz, trigo, cevada, aveia); proteína (frango, carne, peixe, ovo) e vegetais (hortaliças e verduras).
5. Os pais são sempre o melhor exemplo para os filhos. Atenção ao que você come na frente do seu filho!
A explicação é simples: não adianta você ir ao fast food com seu filho, chegar em casa e oferecer uma fruta. "A família é o maior exemplo da criança", salienta a nutricionista.
6. A hora da refeição deve ser um momento de reunir a família
Gabriela Kapim chama atenção para um costume antigo que se perdeu ao longo dos anos, o de fazer as refeições em família. "Ninguém mais come junto, é cada um no seu canto. Se reunir dá a oportunidade de a criança ver o que os pais comem, deles saberem como foi o dia do filho. Esse momento faz parte de uma boa rotina alimentar", diz.
7. Nada de televisão, tablet, videogame ou celular ligados durante as refeições
"Eles são a distração do cérebro", resume Kapim. Segundo a nutricionista, se a criança se alimenta vendo TV ou brincando com o celular, o cérebro não registra o que está sendo ingerido. "A criança tem uma absorção prejudicada, alterando o funcionamento do Sistema Nervoso Central. Ela pode comer demais, ou comer menos do que precisa", justifica.
8. Para não gostar de um alimento, a criança precisa experimentar várias receitas! Às vezes, a forma de se preparar o alimento muda a aceitação da criança
Estudos mostram que para uma criança não gostar de algo é necessário que ela tenha experimentado o alimento pelo menos 10 vezes, de maneiras diferentes, segundo a nutricionista. "Para a criança reconhecer que não gosta de cenoura, por exemplo, é preciso que os pais ofereçam a cenoura em dez maneiras diferentes. A cenoura ralada tem um sabor, a cozida tem outra e por aí vai. Então ofereça bolo de cenoura, purê de cenoura, suflê de cenoura e outras variações antes de desistir", conta.
9. Se a criança não estiver com fome, não precisa comer. Mas não pode comer outra coisa antes da refeição...
É o que acontece com a substituição pelas refeições. A tática é: se a criança não quer comer naquela hora, tudo bem. Mas na hora de comer, deve ser a refeição. "Ela não deve ser obrigada a comer. Tem vezes que a criança realmente não está com fome, mas não pode substituir por outra coisa", diz Kapim.
10. As regras são para todos os membros da família!
Os filhos seguem os exemplos dos pais. "Não vale querer que a criança coma três tipos de frutas se a família não come uma!", resume Kapim.
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