União, trabalho e ousadia para vencermos a crise
Danilo Vendruscolo
A humanidade vive um momento absolutamente distinto, ainda não visto em sua trajetória. Um vírus praticamente parou o mundo, paralisando a economia, fechando postos de trabalho e retendo grande parte das pessoas dentro de casa. A crise é grave, mas a venceremos.
A pandemia de covid-19 atingiu o Oeste do Paraná em um de seus grandes momentos, com desenvolvimento no turismo, na agricultura, na logística e no agronegócio. Mas são esses indicadores positivos que irão nos guiar pelo caminho da retomada integral da economia de nossa região.
O agronegócio, uma das forças econômicas do Oeste, praticamente não foi impactado pelos reflexos do coronavírus. A produção segue no campo, e as cooperativas e agroindústrias mantêm seu ritmo, sem demissões – algumas delas contratando em plena crise.
Os setores de aves, suínos, peixes e lacticínios seguem trabalhando dentro da normalidade. Em março, o Porto de Paranaguá teve a maior movimentação mensal já registrada, embarcando 2,4 milhões de toneladas de soja, em grão e farelo. E soja é uma das riquezas do Oeste.
A produção e o abate de animais, e a geração de proteínas, serão iguais aos de 2019, que foi superior em 10% ao ano de 2018. A previsão de investimentos na cadeia suína, aviária e da piscicultura é de um crescimento médio de 6% ao ano, durante os próximos três anos seguidos.
Por outro lado, o turismo, esteio da economia e dos empregos de cidades como Foz do Iguaçu, é um dos segmentos mais abalados pela crise gerada pela covid-19. Para vencê-la, a Terra das Cataratas conta com atrativos únicos, hotelaria e gastronomia de excelência, além de receber grandes investimentos, entre outros que estão programados.
Modernização e ampliação do aeroporto, duplicação da BR-469, segunda ponte internacional entre o Brasil e o Paraguai, perimetral leste ligando a BR-277 à Rodovia das Cataratas e à ponte com a Argentina são alguns empreendimentos que ajudarão Foz do Iguaçu a superar as dificuldades do momento. Devemos incluir nessa lista a criação de um porto seco trimodal: rodoviário, ferroviário e aquaviário.
Mas as coisas ficam mais fáceis e possíveis com diálogo, participação e planejamento. Para isso estamos reunindo amplos atores da sociedade civil organizada, em conjunto com o poder público, para a elaboração de um grande plano regional. Primeiro, vem o diagnóstico da dimensão de nosso problema; depois, ações de curto, médio e longo prazo a serem executadas pelos governos.
Esse plano é coordenado pelo Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar) e Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP). O trabalho tem a mediação técnica do Sebrae e do Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
O foco principal é o emprego e a preservação de empresas. Ao se pensar a região, incluímos não só os 54 municípios do Oeste do Paraná, com sua população de quase 1,5 milhão de pessoas, como também buscamos medidas capazes de repercutir nas cidades vizinhas da Argentina e Paraguai, pois somos uma fronteira integrada.
O desafio é gigante e requer a invenção de alternativas e soluções. Lembremo-nos de Maringá, cidade que praticamente quebrou na década de 1990 e se reergueu com ainda mais força. Não temos receita pronta. O que temos é união e trabalho, os quais – somados a grandes doses de ousadia – nos levarão a retomar o caminho de desenvolvimento e prosperidade em todo o Oeste do Paraná.
Danilo Vendruscolo
Danilo Vendruscolo é empresário e presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento
(foto Marcos Labanca)
A pandemia de covid-19 atingiu o Oeste do Paraná em um de seus grandes momentos, com desenvolvimento no turismo, na agricultura, na logística e no agronegócio. Mas são esses indicadores positivos que irão nos guiar pelo caminho da retomada integral da economia de nossa região.
O agronegócio, uma das forças econômicas do Oeste, praticamente não foi impactado pelos reflexos do coronavírus. A produção segue no campo, e as cooperativas e agroindústrias mantêm seu ritmo, sem demissões – algumas delas contratando em plena crise.
Os setores de aves, suínos, peixes e lacticínios seguem trabalhando dentro da normalidade. Em março, o Porto de Paranaguá teve a maior movimentação mensal já registrada, embarcando 2,4 milhões de toneladas de soja, em grão e farelo. E soja é uma das riquezas do Oeste.
A produção e o abate de animais, e a geração de proteínas, serão iguais aos de 2019, que foi superior em 10% ao ano de 2018. A previsão de investimentos na cadeia suína, aviária e da piscicultura é de um crescimento médio de 6% ao ano, durante os próximos três anos seguidos.
Por outro lado, o turismo, esteio da economia e dos empregos de cidades como Foz do Iguaçu, é um dos segmentos mais abalados pela crise gerada pela covid-19. Para vencê-la, a Terra das Cataratas conta com atrativos únicos, hotelaria e gastronomia de excelência, além de receber grandes investimentos, entre outros que estão programados.
Modernização e ampliação do aeroporto, duplicação da BR-469, segunda ponte internacional entre o Brasil e o Paraguai, perimetral leste ligando a BR-277 à Rodovia das Cataratas e à ponte com a Argentina são alguns empreendimentos que ajudarão Foz do Iguaçu a superar as dificuldades do momento. Devemos incluir nessa lista a criação de um porto seco trimodal: rodoviário, ferroviário e aquaviário.
Mas as coisas ficam mais fáceis e possíveis com diálogo, participação e planejamento. Para isso estamos reunindo amplos atores da sociedade civil organizada, em conjunto com o poder público, para a elaboração de um grande plano regional. Primeiro, vem o diagnóstico da dimensão de nosso problema; depois, ações de curto, médio e longo prazo a serem executadas pelos governos.
Esse plano é coordenado pelo Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar) e Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP). O trabalho tem a mediação técnica do Sebrae e do Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
O foco principal é o emprego e a preservação de empresas. Ao se pensar a região, incluímos não só os 54 municípios do Oeste do Paraná, com sua população de quase 1,5 milhão de pessoas, como também buscamos medidas capazes de repercutir nas cidades vizinhas da Argentina e Paraguai, pois somos uma fronteira integrada.
O desafio é gigante e requer a invenção de alternativas e soluções. Lembremo-nos de Maringá, cidade que praticamente quebrou na década de 1990 e se reergueu com ainda mais força. Não temos receita pronta. O que temos é união e trabalho, os quais – somados a grandes doses de ousadia – nos levarão a retomar o caminho de desenvolvimento e prosperidade em todo o Oeste do Paraná.