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ROTA BIOCEÂNICA: ITAIPU APORTA PARTE DA OBRA QUE VAI MUDAR LOGÍSTICA DO COMÉRCIO PANAMERICANO

Rota Bioceânica: Itaipu vai financiar parte da ligação do Paraná com porto chileno
Para quem trabalha com comércio internacional bem sabe os custos que é fazer o traslado de cargas do Oceano Pacifico para o Atlântico e vice-versa. Precisamos por vezes cruzar o Canal do Panamá, o que onera sempre o preço final da operação. Mas esta necessidade está com os dias contatos, vem aí a Rota Bioceânica
O sonho de ligar os oceanos Atlântico e Pacífico já tem 60 anos e só agora começa a se concretizar. Foto: Rodrigo Félix Leal / AENotícias-PR (Arquivo)

Um convênio entre a Itaipu Binacional, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Governo do Paraná vai garantir a realização de parte de um dos mais sonhados e importantes projetos do Estado. A parceria será responsável pela execução de obras na BR-487, conhecida como Estrada Boiadeira.

Itaipu deverá aportar cerca de R$ 228 milhões para viabilização do empreendimento. Além disso, o Dnit, responsável pela realização do empreendimento até o momento, vai disponibilizar o projeto e supervisionar a execução das obras, que estará a cargo do Governo do Paraná.

Os recursos serão utilizados na implantação, na reparação, na restauração e na pavimentação, além de Obras de Arte Especiais (OAE), em 47 quilômetros da BR-487. O trecho liga os municípios de Icaraíma (Porto Camargo) e Umuarama (Serra dos Dourados), no noroeste do Paraná.


No futuro, a rodovia fará a interligação com o Corredor Bioceânico, uma rodovia de mais de 2,4 mil quilômetros entre Campo Grande (MS) e o Porto de Antofagasta, no Chile, reduzindo em até duas semanas o tempo de viagem das exportações do Centro-Oeste do Brasil até os países do Oriente, principalmente China, Japão e Coreia do Sul.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, informou o governador Carlos Massa Ratinho Junior sobre o convênio. “Esse é outro grande marco para o desenvolvimento do Paraná e do Mato Grosso do Sul. É mais uma iniciativa de grande impacto que a empresa adota a favor de nosso Estado e dos nossos vizinhos sul-mato-grossenses", disse o governador.

“Essa sinergia entre Dnit, Itaipu Binacional e o Governo do Paraná criou as condições ideais para entregar, daqui a dois anos, as obras integrantes da nova rota bioceânica”, explicou o diretor-geral do Dnit, general Santos Filho. “Isso vai beneficiar não somente os Estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul e mais, além do Brasil, integrará multimodais para o desenvolvimento de toda a América do Sul”, completou.

Foto: Marcelo Uliana - Itaipu Binacional

Estrada Boiadeira
A Estrada Boiadeira ligará o noroeste do Paraná à cidade de Porto Murtinho (MS), ponto de conexão com o corredor bioceânico que unirá os portos brasileiros de Santos (SP) e Paranaguá aos do norte do Chile. A rodovia não está na área de abrangência de Itaipu, mas faz parte da bacia do Rio Ivaí, que desemboca no Rio Paraná e é importante pela sua contribuição ao reservatório da hidrelétrica binacional.

O aporte financeiro de Itaipu para a execução de obras na Estrada Boiadeira está alinhado às diretrizes da gestão do diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, que tem conseguido realocar recursos de convênios, ações e patrocínios sem aderência à missão da usina para investimentos em obras estruturantes que deixam legado para a população.

O investimento no Estado e a boa relação institucional com o governo do Paraná estão em consonância com as diretrizes do presidente Jair Bolsonaro em prol do desenvolvimento regional, com ganhos para a região e, consequentemente, para todo o Mercosul.


Aplicação em obras
Os recursos obtidos com a redução de gastos e custos, pela margem brasileira da Itaipu Binacional, já somam mais de R$ 1,2 bilhão, que estão garantindo a construção de obras como a segunda ponte entre Brasil e Paraguai, ligando Foz do Iguaçu a Presidente Franco, com quase 40% da construção concluída; a Perimetral Leste, que ligará a ponte à BR-277; e melhorias no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, incluindo a nova pista de pouso e decolagem.

Foto: Rubens Fraulini - Itaipu Binacional

Em Foz do Iguaçu, Itaipu investe também na conclusão do mercado municipal, na revitalização do Gramadão da Vila A e na construção de ciclovias e pistas de caminhadas. Isso sem contar ações e iniciativas de pequeno, médio e grande portes, com melhorias para a população de forma geral. E o mais importante: “Tudo isso com foco na eficiência da gestão e na alta produtividade da atividade fim (geração elétrica), sem aumento da tarifa de energia”, segundo o general Joaquim Silva e Luna.

A atividade fim de Itaipu é atender os sistemas elétrico do Brasil e do Paraguai, com a responsabilidade de pagar royalties para a exploração hidráulica, mas Itaipu tem ido muito além da sua obrigação contratual e missão, em função do respeito do consumidor que paga pela energia na ponta.


O Corredor Bioceânico

Uma das obras mais importantes do futuro Corredor Bioceânico, que vai conectar o Atlântico e o Pacífico, é a futura ponte sobre o Rio Paraguai, que ligará a cidade de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, a Porto Peralta, no Paraguai. A ponte terá 680 metros de extensão e está orçada em US$ 75 milhões.

A ligação à ponte, no Mato Grosso do Sul, é a BR-267, já implantada, à qual será ligada a Estrada Boiadeira, no Paraná, permitindo aos produtores dos dois Estados escolher por quais portos enviarão suas exportações – Santos e Paranaguá, no Brasil, ou os portos do Chile, quando o destino for o Oriente ou a Costa Oeste dos Estados Unidos.

No lado paraguaio, estão sendo pavimentados 227 km de rodovias entre Carmelo Peralta, na fronteira com o Brasil, e Loma Plata. Este trecho está previsto para ser entregue até maio de 2022. O governo paraguaio deverá licitar o segundo trecho, de 354 km, provavelmente ainda este ano.


Exportações e importações
A ligação entre o Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Chile, com a rota bioceânica, gerará novas oportunidades econômicas. Os produtos chilenos, argentinos e paraguaios poderão entrar no Brasil pelo Mato Grosso do Sul (Porto Murtinho, Corumbá e Ponta Porã), enquanto as mercadorias brasileiras chegarão a países como Coreia, Japão e China via Pacífico, a preços mais competitivos.

O tempo de viagem e o custo do frete serão reduzidos, em relação às exportações pelos portos no Oceano Atlântico, o que significará maior ganho para os exportadores e maior previsibilidade de chegada para os importadores. Além disso, os empresários contarão com portos mais eficientes e menos congestionados, no Chile e no Brasil.

Crédito das fotos: Marcelo Uliana/ Rubens Fraulini - Itaipu Binacional

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