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USINA DE ITAIPU: 35 anos de geração e no auge de sua eficiência produtiva

Solenidade no Hall do Edifício da Produção reuniu diretores-gerais do Brasil e do Paraguai
Quase 35 anos depois de chefiar a operação que deu início à entrada em funcionamento da usina de Itaipu, em 5 de maio de 1984, José Pereira do Nascimento voltou para participar da solenidade de aniversário da geração da hidrelétrica que mais gera energia no mundo. Nascimento e outros sete pioneiros – três da Operação e cinco da Manutenção- reviveram a emoção daquele dia junto com os novos empregados da Diretoria Técnica, que também se emocionaram com o encontro e, em alguns casos, reencontro. A cerimônia reuniu diretores brasileiros e paraguaios, superintendentes, gerentes e integrantes da Diretoria Técnica, além do grupo de ex-empregados, já aposentados, que esteve presente naquele dia histórico.
Participaram da solenidade os diretores-gerais brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, e paraguaio, José Alderete; o diretor técnico executivo, Mauro Corbellini; o diretor técnico, José María Sánchez Tilleria; o diretor jurídico, Cezar Eduardo Ziliotto; o diretor administrativo executivo, Alberto Cabreza Villalba; o diretor administrativo, João Pereira dos Santos; e o diretor financeiro executivo, Anatalício Risden Júnior.
Também estiveram presentes a diretora financeira, Mónica Luján Perez dos Santos; o diretor de Coordenação executivo, Miguel Ángel Gómez Acosta; e o diretor de Coordenação, Newton Luiz Kaminski. Além de Nascimento, também fizeram parte do grupo especial os ex-colegas da Operação Luiz Otávio de Novoa Cavalcante e Ramon Antonio Gimenez Isasi e, ainda, os ex-colegas da Manutenção José Carlos Furmann, Luiz Fernando Pisa, Gilvan Manhães de Souza, Ronaldo Dornelles Duarte e Pio Clezio Araujo.

Lágrimas e alegria

Os oitos participaram do sincronismo do primeiro giro da primeira unidade geradora da usina com o sistema de transmissão. Houve lágrimas e muita comemoração. Voltar hoje à usina foi muito emocionante para os homens que testemunharam um feito histórico, o início da operação da hidrelétrica que mudou a história da região e dos dois países que a construíram, Brasil e Paraguai. Chefe da Operação da Itaipu em 1984, Nascimento foi quem conferiu o sincronismo da primeira unidade geradora, sob o olhar atento dos ex-diretores-gerais brasileiro (José Costa Cavalcanti) e paraguaio (Enzo Debernardi).

UM POUCO DE HISTÓRIA
A entrada em operação da primeira unidade geradora da usina de Itaipu (conhecida como giro comercial, no jargão técnico) colocava em prática um empreendimento ambicioso que mudaria a história da engenharia do Brasil e do Paraguai no cenário mundial. Foi no dia 5 de maio de 1984, data que se tornaria simbólica para brasileiros e paraguaios. Este marco foi celebrado com empregados da Técnica, no hall do Edifício da Produção. 
Na foto acima, Costa Cavalcanti e Enzo Debernardi, durante inauguração em Itaipu.
O acontecimento de 1984 foi restrito a um grupo de convidados, mas o feito daquele dia logo ganharia a proporção que o evento merecia, pela importância e curiosidade. A maior usina do mundo em tamanho – até então – começava a operar. O sonho se concretizava.
À época, o gerente de Operação, José Pereira do Nascimento, foi quem conferiu o sincronismo da máquina, acompanhado de personagens históricos da empresa, como os ex-diretores-gerais brasileiro (José Costa Cavalcanti) e paraguaio (Enzo Debernardi).
Naquele momento, com o fim dos testes de comissionamento, Itaipu entregava energia somente para o mercado paraguaio. No Brasil, não havia ainda linha de transmissão para receber a eletricidade da binacional. A venda de energia aos dois países teve início, para valer, em 1º de março de 1985.

Inauguração oficial
Os presidentes do Brasil e Paraguai, João Figueiredo e Alfredo Stroessner, tiveram alguns encontros na Itaipu como este da foto, em 1982.
Já cinco meses depois do primeiro giro comercial, no dia 25 de outubro, o acontecimento ganhava proporção à altura do fato. O mundo acompanhava, por meio de canais de TVs, emissoras de rádio e jornais as informações e imagens da inauguração oficial da usina, pelos presidentes João Figueiredo, do Brasil, e Alfredo Stroessner, do Paraguai.
Começava ali o protagonismo da epopeia chamada Itaipu, que, ao longo dos anos, se tornaria a maior hidrelétrica em geração de eletricidade e encheria de orgulho brasileiros e paraguaios.

Superação
Ritmo acelerado de obras ergueu as obras civis da usina entre 1975 e 1982. Na foto, vista aérea em maio de 1982, antes do enchimento do lago.
Fazendo uma retrospectiva histórica, o atual diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, acredita que o sucesso do empreendimento “só foi possível graças aos esforços dos povos brasileiro e paraguaio”.
Segundo Silva e Luna, desde o início o Brasil e o Paraguai estiveram unidos em um único propósito, “o de superar barreiras e erguer no Rio Paraná uma usina que transformaria energia em desenvolvimento para brasileiros e paraguaios”.
Obras de construção da Itaipu entravam noite adentro.

Maior do mundo em geração
Mesmo depois da conclusão da usina chinesa de Três Gargantas, em 2012, com potência instalada de 22,4 mil megawatts ante os 14 mil MW de Itaipu, a usina brasileiro-paraguaia mantém o título de maior produtora de energia do mundo, com o recorde anual de 103,1 milhões de MWh, registrado em 2016. A maior produção da usina chinesa foi de 101 milhões de MWh, em 2018.
No acumulado, a soma de toda energia produzida por Itaipu é imbatível: são mais de 2,63 bilhões de MWh. Essa energia seria suficiente para atender por 42 dias a toda a demanda do planeta com eletricidade limpa, renovável e de menor custo que a maioria das fontes disponíveis.

No mercado
Vista externa da Sala de Despacho de Carga, interlocução do Brasil com a Eletrobras e a Ande. Foto: Rubens Fraulini
O ápice da participação de Itaipu no mercado brasileiro de eletricidade foi alcançado em 1997, com o atendimento de 26% da demanda do setor no País.
Com a entrada de novos empreendimentos no sistema e o aumento progressivo do consumo de eletricidade, essa proporção foi diminuindo aos poucos. Nos últimos anos, ela tem se mantido relativamente estável. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do consumo do Paraguai.

Dança das águas
O reservatório durante o enchimento.
Para manter a sustentabilidade operacional, a Itaipu se baseia num princípio operacional chamado de “dança das águas”, que é a sincronização das atividades binacionais de engenharia, obras, montagens, manutenção e operação às condições hidrológicas. O trabalho é coordenado pela própria Itaipu e envolve também alguns parceiros estratégicos, como o Operador Nacional do Sistema (ONS), Furnas, Eletrosul e a estatal paraguaia Ande.
Para o diretor-geral brasileiro, o comprometimento da equipe, do time Itaipu, é um dos componentes mais importantes nesse processo. “Itaipu é um desafio de todos os dias. Precisamos trabalhar para manter o que é bom e melhorar o que for plausível. Sem o esforço de cada um dos servidores da casa isso não seria possível.”
O diretor-geral paraguaio, Jose Alberto Alderete Rodriguez, afirmou que o início da operação da usina foi um “momento transcendental para a história dos dois países, Brasil e Paraguai”. Além disso, ele lembrou que a usina reforçou a união entre as duas nações. “Itaipu será sempre a maior das pontes construída entre os dois países”.

Atualização tecnológica
Atualização tecnológica não afetará as grandes estruturas. Foto: Alexandre Marchetti
Para os próximos anos, novos desafios apontam no horizonte, entre eles, colocar em prática a atualização tecnológica da usina, uma atividade complexa e desafiadora, que tem exigido um acompanhamento estratégico de diretores e conselheiros da empresa.
A modernização vai permitir a sustentabilidade necessária para que Itaipu continue produzindo em patamares similares aos de hoje, com reflexos na economia dos dois países sócios do empreendimento.
Silva e Luna, durante visita ao eixo da unidade geradora: visão para o futuro. Foto: Alexandre Marchetti
Itaipu em 1984, ano em que começou a gerar energia. Fotos históricas: Acervo Itaipu

Linha do tempo da Itaipu
•    22/06/1966 - Assinatura da Ata do Iguaçu
•    26/04/1973 – Assinatura do Tratado de Itaipu pelos presidentes Emílio Garrastazu Médici (Brasil) e Alfredo Stroessner (Paraguai)
•    17/05/1974 – Constituição da empresa Itaipu Binacional
•    Outubro/1975 – Início das obras da construção da Itaipu
•    20/10/1978 – Explosão das ensecadeiras do Canal de Desvio (finalização da primeira fase das obras civis)
•    19/10/1979 – Assinatura do Acordo Tripartite pelo Brasil, Paraguai e Argentina
•    03/03/1982 – Chegada da primeira roda da turbina na Itaipu
•    13/10/1982 – Finalização das obras civis e início de formação do reservatório
•    05/11/1982 – Abertura do vertedouro
•    05/05/1984 – Entrada em operação das unidades geradoras
•    25/10/1984 – Inauguração da usina pelos presidentes João Batista Figueiredo (Brasil) e Alfredo Stroessner (Paraguai)
•    1º/03/1985 – Início da comercialização da energia para Brasil e Paraguai
•    21/05/2007 – Inauguração das duas últimas unidades geradoras (U9A e U18A)
•    31/12/2016 – Itaipu atinge o recorde mundial de geração anual de energia, com 103,1 milhões de MWh



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