Grupo de
pesquisa de Toledo (PR), que está construindo um veículo aéreo não tripulado
anfíbio, é um dos beneficiados pelas ações de fomento do PTI
Os bolsistas
Guilherme Francisco Iakmiu Pendiuk e Juliano da Rocha Queiroz com os professores
Fábio Rizental Coutinho, José Dolores Vergara Dietrich e Jorge Augusto
Vasconcelos Alves
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O Parque
Tecnológico Itaipu (PTI) estimula o desenvolvimento de projetos inovadores, por
meio do fomento de trabalhos científicos e do fortalecimento de grupos de
pesquisas dentro das universidades. Desde 2006, mais de mil pesquisadores
tiveram seus projetos financiados pelo PTI, em modalidades como iniciação
científica, mestrado e doutorado.
Essas ações
não estão restritas apenas ao ambiente do Parque, já que o apoio pode ser
concedido a acadêmicos e pesquisadores de todas as instituições de ensino
superior, públicas e privadas, do Paraná. Um exemplo vem de Toledo, onde um
grupo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) está trabalhando na
construção de um veículo aéreo não tripulado (VANT) anfíbio para monitoramento
e coleta de dados por via aérea e fluvial.
A pesquisa
pretende viabilizar a utilização de VANT´s na análise de leitos de rios,
reservatórios e recursos hídricos da região. O projeto, que conta com a
participação de três professores e de dois acadêmicos de Engenharia Eletrônica
da UTFPR, foi um dos contemplados no edital 037, lançado pelo PTI em parceria
com a Fundação Araucária, e receberá um recurso de aproximadamente R$ 43 mil.
Esse valor é destinado para o pagamento das bolsas de iniciação científica dos
dois acadêmicos e para a aquisição de equipamentos e materiais para a
construção do protótipo.
Fazem parte
do grupo o professor José Dolores Vergara Dietrich, coordenador do projeto, os
professores pesquisadores Jorge Augusto Vasconcelos Alves e Fábio Rizental
Coutinho, e os acadêmicos Juliano da Rocha Queiroz e Guilherme Francisco Iakmiu
Pendiuk, bolsistas de iniciação científica. O projeto começou em julho deste
ano e terá duração de dois anos.
O professor
Vergara conta que a iniciativa pode ser resumida pela busca de alternativas
para caracterizar, por exemplo, o curso natural d'água, já que é raro ter
recursos que permitam a instalação de instrumentos para este fim. “Para superar
essas dificuldades, surgiu a necessidade de utilizar um veículo autônomo,
flutuante, que pudesse percorrer reservatórios ou toda a hidrovia, se
necessário. Entretanto, o relevo dos rios, obstáculos naturais e até mesmo
dificuldades de acesso à margem motivou a busca por uma solução ainda melhor
para essa questão”, explicou.
A solução
veio na forma de um veículo híbrido, que possa facilmente contornar obstáculos,
pelo ar, e flutuar, quando estiver realizando as medições. No momento, o grupo
está na fase de aquisição de materiais e de testes com sensores. “Já temos
quase a totalidade do material necessário. Também já fizemos testes com os
motores e sensores que serão responsáveis pelo controle do veículo que,
carinhosamente, chamamos de hidrocóptero (por ser um quadricóptero anfíbio)”,
contou. Os sensores utilizados serão o acelerômetro, giroscópio, barômetro, GPS
e sensor ultrassônico, este último para medir a profundidade do rio ou do lago
a ser monitorado.
Base de
conhecimento
A intenção de
trabalhar com veículos aéreos não tripulados, segundo Vergara, surgiu há alguns
anos, com a chegada de vários professores da área de Controle e Automação e de
Sistemas Embarcados ao campus da UTFPR em Toledo. “O objetivo é somar esforços
e consolidar o grupo de pesquisa na referida área”, afirmou.
Ele também
ressalta que o desenvolvimento do veículo produzirá, além do protótipo, uma
base de conhecimento, que é o alicerce para novas pesquisas e inovações na
área. “Creio que o projeto seja um passo importante para estimular o
desenvolvimento tecnológico na nossa região, instigando alunos e a comunidade a
interessarem-se pelo tema”, comentou.
Vergara
também destacou o apoio recebido do PTI para o desenvolvimento da pesquisa. “O
PTI, como parte integrante da Itaipu, propicia um ambiente favorável para o
surgimento de ações voltadas ao desenvolvimento tecnológico e inovação na nossa
região, além do incentivo ao empreendedorismo, oferecendo-se como berço para
que novas ideias possam surgir. Por outro lado, creio que o PTI permite, sem a
exigência de que o coordenador possua o título de doutor, que boas ideias
vindas de não doutores possam ser levadas adiante e produzir pesquisa”,
afirmou.
Desenvolvimento
científico e tecnológico
O PTI oferece
linhas de financiamento de bolsas de pesquisa em diversas modalidades e para
diferentes públicos. Foram 1.230 projetos submetidos desde 2006, com a
concessão de 1.006 bolsas. Neste período, o programa de Ciência &
Tecnologia + Inovação também apoiou a publicação de 1.955 trabalhos
científicos, a participação em eventos de 305 bolsistas e a realização de 44
eventos científicos.
Já em 2013, o
PTI apoiou o fortalecimento de três programas de pós-graduação, com bolsas para
formação de sete mestres e de um pós-doutor; promoveu o fortalecimento de 11
grupos de pesquisa, por meio da disponibilização de bolsas e de recursos para a
aquisição de equipamentos; estimulou a produção científica de 53 pesquisadores;
apoiou a publicação de 244 trabalhos; e concedeu 134 novas bolsas de pesquisa.
Como
participar?
Os alunos de
graduação são o público-alvo das bolsas de iniciação científica, que visam
formar e incentivar a participação ativa dos estudantes em projetos de
pesquisa. Já as modalidades de Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado são
direcionadas para discentes matriculados em cursos de pós-graduação e servem de
incentivo à qualificação técnica e científica, privilegiando a participação
ativa em projetos de pesquisa, com foco no desenvolvimento da região.
Além do
fomento de bolsas, o PTI disponibiliza uma linha de apoio destinada à
participação e à apresentação de trabalhos em eventos técnico-científicos.
Também incentiva a participação de acadêmicos e de profissionais em atividades
de pesquisa vinculadas a projetos da própria Fundação PTI, por meio das
modalidades de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e de Desenvolvimento
Tecnológico Educacional e Extensão.
Para
participar das linhas de fomento, os interessados devem estar atentos à
divulgação dos editais, publicados no site do PTI (www.pti.org.br/oportunidades). Dúvidas referentes aos Editais
poderão ser esclarecidas pela equipe do programa de C&T pelos telefones
3576-7092 ou 3576-7093, ou pelo e-mail: ptict@pti.org.br.
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