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Vitrine de Agroecologia mostra opções rentáveis e sustentáveis

Coordenada pela Itaipu e mais dez instituições, espaço levou novas opções de geração de renda para os pequenos produtores da região.




A Vitrine Tecnológica de Agroecologia, coordenada pela Itaipu ao lado de dez instituições, no Show Rural Coopavel 2015, em Cascavel (PR), levou novas opções de geração de renda para os pequenos produtores.
Nesta edição, o espaço de 2.250 m² mostra tecnologias sustentáveis com o uso de garrafas pet para irrigação e combate às pragas e opções de plantio de espécies mais rentáveis, como a groselha (Hibiscus sabdariffa), da qual se aproveita a planta toda.
“Antes trazíamos mais de 70 espécies, mas neste ano focamos nas plantas de interesse comercial, como a própria groselha, de alto valor agregado para a economia familiar”, disse Liziane Katine Antunes de Moraes Pires, da Divisão de Ação Ambiental de Itaipu.
Nesta lista foram incluídas espécies como alecrim, manjerona, manjericão, funcho, capim-limão, entre outras opções de fácil aceitação no mercado. Em comum, todas exigem pouco espaço para cultivo, uma vantagem adicional ao agricultor. Estes exemplos estão na mandala montada na Vitrine Agroecológica com essas e outras variedades.
“Hoje, no Ceasa, um maço de manjericão custa em torno de R$ 2. O agricultor, mesmo com uma pequena área para cultivo, pode fazer esses maços e vendê-los até mais barato”, disse Liziane. As plantas medicinais também estão contempladas, como a Pulmorária (Stachys byzantina), de alto valor nutritivo e usada tanto para xaropes como para alimentação.
Combates alternativos às pragas estão na Vitrine, como uma isca de percevejos e outra de insetos em geral, com garrafas PET pintadas de amarelo e azul e envoltas em uma cola especial. "Achei ótimo porque aqui é um colírio para nossos olhos e aprendi muitas coisas boas, como manter a figueira com uma planta corta-sol", disse o pequeno agricultor Sérgio Alves Salomé, de Moreira Sales (PR).

Colaborativa
Neste ano, a UFPR (Universidade Federal do Paraná) passou a integrar a lista de parceiras da Vitrine, formada ainda pelas seguintes instituições: Itaipu Binacional; Coopavel (Cooperativa Agroindustrial); Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária); Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural); Iapar (Instituto Agronômico do Paraná); CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia); Capa (Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor / Núcleo Marechal C. Rondon); Biolabore (Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná); Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná); Adeop (Agência de Desenvolvimento Regional do Extremo Oeste do Paraná).
Na Vitrine Tecnológica de Agroecologia, nenhuma instituição é dona de um espaço ou outro. O preceito é de que todos trabalhem juntos, em benefício da agroecologia. Os técnicos atuam de forma colaborativa para mostrar as diversas experiências e acabam aprendendo com os próprios agricultores. Foi assim que a tecnologia de irrigação com garrafas PET, levada pela Embrapa, foi aperfeiçoada agora em 2015.
“Ano passado apresentamos um sistema de irrigação com garrafa PET que foi melhorado por um agricultor da nossa região. Ele não conseguiu a rosca para conexão da mangueira como apresentamos aqui, aprimorou a tecnologia e a trouxemos para expor neste ano”, explicou o coordenador da área, Ronaldo Juliano Pavlak, da Divisão de Ação Ambiental de Itaipu.
A cartilha “Vitrine Tecnológica de Agroecologia”, lançada em 2014 e aprimorada neste ano, reúne esses exemplos. É fácil encontrar textos assinados por técnicos de duas instituições, como Iapar, Emater e Itaipu. Juntas, as três assinam o capítulo sobre compostagem (produção de composto a partir de matéria orgânica) e vermicompostagem (produção de húmus ou vermicomposto, feitos com minhocas).

Bambu, tomate e leite
A agroecologia se baseia em princípios ecológicos em todos os processos. Na prática, significa usar melhor e respeitar os recursos naturais.
Nenhum agrotóxico e adubo químico solúvel entra nas propriedades agroecológicas. Nelas, se prioriza o aproveitamento da água da chuva e o uso de materiais alternativos para construções, como o bambu, usado para a estrutura da estufa de cultivo de tomates da Vitrine Tecnológica de Agroecologia.
No local, o visitante pode conferir uma opção de produção de leite menos impactante, com o Pastoreio Racional Voisin (PRV). “Quanto maior o número de espécies vegetais, macro e micro-organismos, maior a capacidade do sistema de leite de se sustentar, tanto na manutenção e produção dos animais, quanto na manutenção da fertilidade e condições ambientais", descreve Daniel José de Souza Mol, da Biolabore.
A vaquinha "Preta", da raça Jersey, que ilustra este sistema na vitrine, conhece bem a realidade do PRV. O animal pertence à família do técnico Ronaldo Pavlak, da Itaipu, e foi emprestada para o evento. “Ela está bem aqui e faz sucesso com os visitantes”, disse o colega.

Na Bacia do Paraná 3 vivem cerca de 35 mil agricultores. Destes, 26 mil são de pequenas propriedades. O Programa Cultivando Água Boa atende diretamente 1.200 agricultores familiares orgânicos na região.


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