
Este é o grau máximo de reconhecimento de qualidade a uma instituição de saúde por meio da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Das 6.700 unidades hospitalares existentes no Brasil, somente 203 têm a chancela de Acreditação Hospitalar. No Paraná, são 14, dez em Curitiba e quatro no interior, nenhuma delas nível 3.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (24), pelo superintendente da Fundação Itaiguapy, Anilton José Beal, durante apresentação sobre o hospital no ciclo de palestras Diálogos Sustentáveis, do Sistema de Gestão da Sustentabilidade (SGS) da Itaipu Binacional, uma das mantenedoras do HMCC.
Chancela
O Programa de Acreditação Hospitalar estabelece três níveis: 1º, segurança na estrutura física, sanitária e de capacitação profissional; 2º, processos no fluxo de trabalho; e 3º, melhoria do atendimento e gestão.
A ONA é reconhecida formalmente pelo Ministério da Saúde como entidade competente para o desenvolvimento do processo de acreditação hospitalar. Juntos, os dois habilitam empresas acreditadoras e expedem a certificação das organizações hospitais.
Beal falou sobre a importância da unidade hospitalar para a região, que tem como peculiaridade a questão de fronteira - muitos paraguaios e brasileiros que moram no Paraguai acabam buscando atendimento no hospital - e sobre os desafios para os próximos anos.
Importância histórica

Abertura para o SUS
Desde 1996, atende pelo Sistema Único de Saúde. Em 2005, ganhou o título de Hospital Amigo da Criança e desde 2012 é reconhecido como entidade beneficente de assistência social.
Infraestrutura e atendimento
Atualmente, o Costa Cavalcanti dispõe de 200 leitos, 30 unidades de Terapia Intensiva (dez geral, dez coronariana, oito neonatal e duas pediátricas), dez leitos de unidade de cuidados intermediários neonatal e 160 unidades de enfermaria.
Dos 200 leitos, 120 são colocados à disposição para pacientes do SUS e 80 para pacientes de convênios e particulares. No total, o HMCC atende usuários de 43 planos de saúde. Só do plano próprio (Itamed) são 13.800 pessoas.

Desafios
Para Beal, um dos grandes desafios do HMCC é manter a qualidade no atendimento, levando em consideração o aumento na procura e considerando que o repasse feito pelo SUS não é suficiente para cobrir os custos relativos ao atendimento de pacientes da rede pública.
Receita
Em 2012, a receita do HMCC foi de aproximadamente R$ 120 milhões. Do SUS, recebeu R$ 26 milhões, mas teve uma despesa com pacientes atendidos pela saúde pública da ordem de R$ 42 milhões. Para cobrir parte da diferença entre o arrecadado com o SUS e os gastos, o hospital contou com uma suplementação de R$ 8 milhões da Itaipu Binacional.
Procedimentos
No ano passado, o hospital registrou 13.852 internações, 8.217 delas pelo SUS e 5.635 por planos de saúde ou particulares. Foram feitos ainda 4.253 partos, 5.501 deles pelo SUS e 752 por planos de saúde ou particulares. No total, incluindo consultas e procedimentos ambulatoriais, o HMCC realiza aproximadamente 400 mil atendimentos por ano.
Impacto na economia

Hemonúcleo
O HMCC mantém ainda o Hemonúcleo de Foz do Iguaçu, em parceria com o Estado do Paraná. A unidade é a segunda que mais coleta hemoderivados no Estado.
Novos transplantes
Já referência em vários procedimentos, o hospital tem como desafio, ainda para 2013, obter o credenciamento para transplantes renais. Para o próximo ano, a meta é a implantação da Rede Cegonha, na área de obstetrícia; a expansão do Plano Itamed e, ainda, tentar chegar à Acreditação Hospitalar no nível 3.
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