Pular para o conteúdo principal

FUNDAÇÃO CULTURAL: REESTRUTURAÇÃO DE CARGOS É ESTRATÉGICA

O diretor-presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues
O projeto de lei do governo municipal 56/2018 recém aprovado pela Câmara de Vereadores que reestrutura cargos da Fundação Cultural é estratégico para o processo de transformação da cultura no município, como projeta o prefeito Chico Brasileiro.

O projeto cria os cargos de Diretor de Projetos e Captação de Recursos Culturais e Coordenador de Incentivo à Cultura, e transforma o atual Assessor de Eventos em Coordenador de Ação Cultural, permanecendo inalterado o Assessor de Formação Artística.

A principal alteração da proposta é a inclusão do cargo de Diretor de Projetos e Captação de Recursos Culturais que visa capitanear novos financiamentos junto as instituições públicas e privadas, tanto para as ações culturais e festivais, quanto para concretizar os grandes projetos para a cidade como o Teatro Municipal e o Museu.

A medida coloca em prática e fortalece uma das atribuições da Fundação Cultural que é a capacidade de captação de recursos, um potencial historicamente subestimado na gestão pública. Essa atribuição é o que difere fundações de secretarias, por exemplo. Um potencial dispersado em uma cidade turística como Foz do Iguaçu e que agora está sendo reconhecido com a implementação de uma política de turismo cultural.  

Ao longo dos anos, a Fundação Cultural vinha se mantendo praticamente com recursos do orçamento do município e patrocínios, limitando a realização das ações culturais. Com um novo modelo e o investimento da atual gestão na cultura, cujo orçamento saltou de aproximadamente R$5 milhões para R$9 milhões, o governo municipal ampliou os projetos culturais com ações inéditas como o Festival Internacional de Cinema Latino-Americano, o projeto literário “Eu, você e uma história”, e construiu, por meio parcerias, programas culturais semanais como o “Cê na Sexta” e a agenda cultural com o PTI, que trouxe espetáculos renomados e oficinas de formação para artistas.

Segundo o diretor-presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, “a cultura tem ganhado destaque e aprovação da comunidade, porém ainda estamos longe de cumprir nossas demandas com a comunidade. Há um longo caminho a percorrer e temos que ter coragem para fazê-lo”.
CEPAC 
O investimento em projetos veio acompanhado com o fortalecimento do Sistema Municipal de Cultura e a constituição da primeira mesa diretora do Cepac – Conselho Municipal de Patrimônio Histórico - cujo resultado é a ampliação das demandas culturais, que projetam uma nova realidade e aquecem a cadeia econômica produtiva e simbólica da cultura no município.

“O investimento tem gerado mais demandas e a participação da comunidade na gestão cultural. Temos na agenda o resgate de importantes ações culturais como o festival de teatro, de dança, além das atividades de formação e circulação, garantindo o compromisso com a descentralização da cultura, levando aos bairros e possibilitando a todos e todas a expressão, o fazer artístico e o consumo”, ressaltou.

DESAFIOS
Ao longo da história da Fundação Cultural, houve um déficit progressivo no quadro de servidores, que atualmente conta com apenas oito para comandar uma pasta responsável por eventos como a Fartal, cuja última edição mobilizou mais de 230 mil pessoas e a Feira Internacional do Livro, já consagrada estadual e nacionalmente. O comparativo com cidades de menor porte e perfil semelhante com Foz do Iguaçu revela o tamanho do desafio. A pasta de cultura de Toledo conta com 28 funcionários; Cascavel, 57; Ponta Grossa, 87 e Maringá, 120 servidores.

“Foz é a cidade que menos tem funcionários na cultura. Sem contar outros fatores com agenda de formação e atendimento aos bairros que precisamos ampliar, e a construção de equipamentos como o Teatro Municipal e Museus. Todas as outras 6 cidades já possuem esses aparelhos, entre outras ações de gestão. Para o desenvolvimento da cultura temos pouco efetivo, e precisamos superar o desafio para transformar Foz na metrópole cultural que desejamos”, esclareceu Rodrigues.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dê cores a Foz e concorra a prêmios

Promoção artística celebra o centenário da cidade Vários pontos da cidade são mostrados no mapa. Que tal usar a sua veia artística para ganhar prêmios? Participe da promoção Vamos Pintar Foz do Iguaçu 100 Anos para concorrer a tablets, bicicletas, videogames e aparelhos de celular, além de homenagear a cidade em seu centenário. O projeto é uma promoção da Prefeitura de Foz do Iguaçu e da Itaipu Binacional, com apoio da Sanepar, governo do Estado, Vital Engenharia, Lojas MM, Acifi, Mabu Thermas e realização Rádio Cultura e Gazeta do Iguaçu. Para participar, basta retirar o mapa da cidade em uma das empresas parceiras e caprichar nas cores. Os trabalhos finalizados podem ser entregues até o dia 30 de outubro na sede da Rádio Cultura, do jornal Gazeta do Iguaçu ou em qualquer loja MM. Nesses locais também é possível retirar o desenho para colorir. Não há limite de idade: é possível se inscrever nas categorias Infantil (até 7 anos), Infantojuvenil (até 12 anos), Juvenil (at

Shopping Mercosur muda realidade do Paraguai

Com a inauguração do Shopping Mercosur, o Paraguai vive um novo momento em sua história econômica e social. Graças ao convite da jornalista Mônica Nasser (leia-se Mundo Árabe), pudemos seguir com a comitiva de empresários que vieram especialmente para verem os resultados de seus investimentos no vizinho páis. Encabeçados pela família Dia, chineses, suíços, portugueses, americanos, todos apostando no sucesso da economia Paraguaia, aterrisaram oriundos de seus respectivos países, para participarem da inauguração do novo Shopping Mercosur. Embarcamos num double deck leito da Itaipu Viagens, para uma confortável viagem até a vizinha Salto del Guairá, local onde os olhos do Paraguai e da região da tríplice fronteira estavam voltados. Ao embarcarmos, uma agradável surpresa nos esperava: o finesse e a camaradagem da família Dia, e nossa recepção ficou por conta de Toufic Dia, que apesar de quase não falar português, pois é de origem libanesa, como toda sua família e vive já a quase 10 an

COLUNA SOCIAL - Edição CCCXII

D E S T A Q U E